quinta-feira, 3 de novembro de 2011

REDES SOCIAIS E IBOPE DE MERCADO

Antes de colocar um produto no mercado, a empresa precisa se informar sobre um bocado de coisas para não perder tempo e dinheiro com o lançamento. Para isso, recorre às consultorias para pesquisar qual será e o que deseja o público alvo a ser atingido.
Só que no meio desse caminho apareceu um fator que tende a tirar cada vez mais mercado de empresas como Ipsos e Millward Brown, sem burocracia, com custos muito mais baixos e chances melhores de acerto: as redes sociais.
Além de assinaturas padrão com institutos, é possível encomendar pesquisas específicas com um afunilamento que encontre exatamente o target e descubra do que ele precisa. Em alguns casos, esse trabalho pode vir a ter um custo de R$ 400 mil.

"Para o mesmo (trabalho) com redes sociais gasta-se 10% do valor a resposta chega a ser melhor", conta Adilson Batista, presidente da ADBAT/TESLA.

Ou a empresa contrata uma outra especializada para fazer esse trabalho, ou então usa de ferramentas internas para isso. Mas também há como combinar as duas situações, dependendo do caso.

"No dia a dia temos uma equipe interna com 11 pessoas, que faz monitoramento de marcas. Pra situações pontuais, com aprofundamento, contratamos", explica Batista.

Além do benefício óbvio dos custos, as redes sociais também trazem resultados mais rápidos e quase sempre são mais confiáveis, ainda mais porque ninguém ali é questionado sobre alguma marca ou produto, as pessoas simplesmente falam por quererem falar.

A ADBAT/TESLA criou uma campanha para o SMART toda baseada em resultados obtidos por meio de sites como Twitter, Facebook e Orkut. Ficaram sabendo, por exemplo, que grande parte do público não conhece os atributos do carro, só o vê nas ruas e sabe que ele é compacto.
"A primeira coisa que fizemos foi buscar pelos consumidores a imagem que tinham do SMART, fizemos isso com nossa equipe de monitoramento de redes sociais. Queríamos saber quais eram as dúvidas relacionadas ao carro e aí, olhando para isso, vimos surgir a ideia de lançar vídeos", continua o executivo.

Demorou três semanas para se conseguir dados que, com uma consultoria convencional, seriam conseguidos dentro de três meses. "As redes são um elemento muito vivo, coisa que a gente demorava muito hoje fazemos rapidamente", diz.

Os clientes, a princípio, desconfiam do poder dos sites, mas depois de verem o nível de detalhamento, se dão por convencidos. Mas será que é o fim dos métodos convencionais de pesquisa? Para Batista, não. "Só temos oportunidades pra fazer de forma diferente", finaliza.

Por Leonardo Pereira

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